M I C H A E L M Y E R' S
"(...) ele ampliou os orifícios dos olhos e pintou a pele com spray branco-azulado. No roteiro, a máscara de Michael Myers tinha a característica de um rosto humano pálido e realmente assustador. Só posso imaginar o resultado se a máscara não tivesse sido pintada de branco. As crianças identificariam William Shatner no armário, e Tommy evitou isso."
John Carpenter (sobre a icônica máscara de Michael, customizada por Tommy L. Wallace).
A inspiração para o tipo de Mal que Michael Myers encarnaria veio de uma experiência particular do diretor John Carpenter...
Ele visitara uma instituição para doentes mentais no Kentucky com sua classe e, ao visitar os pacientes mentais mais sérios, conheceu um jovem entre doze e treze anos que lançou-lhe um "olhar esquizofrênico" que Carpenter definiu como "inquietante", "assustador", e "completamente insano", ou seja: "um verdadeiro olhar malvado." Esse olhar que definiu a descrição de Michael Myers, dada pelo Dr. Loomis ao xerife Brackett: "Conheci esta criança de seis anos de rosto pálido, branco, sem emoção e olhos bem negros... olhos diabólicos."
Nick Castle não foi o único a vestir a máscara de Michael: o cineasta, produtor, roteirista (além de "criador" da própria!) Tommy Lee Wallace substituiu Castle nas cenas finais do filme:
Ele visitara uma instituição para doentes mentais no Kentucky com sua classe e, ao visitar os pacientes mentais mais sérios, conheceu um jovem entre doze e treze anos que lançou-lhe um "olhar esquizofrênico" que Carpenter definiu como "inquietante", "assustador", e "completamente insano", ou seja: "um verdadeiro olhar malvado." Esse olhar que definiu a descrição de Michael Myers, dada pelo Dr. Loomis ao xerife Brackett: "Conheci esta criança de seis anos de rosto pálido, branco, sem emoção e olhos bem negros... olhos diabólicos."
Nick Castle não foi o único a vestir a máscara de Michael: o cineasta, produtor, roteirista (além de "criador" da própria!) Tommy Lee Wallace substituiu Castle nas cenas finais do filme:
Já o ator e produtor Tony Moran interpretou Michael desmascarado, com apenas uma sutil maquiagem:
Há propósito da menção, Wallace comprou a máscara do Capitão Kirk - à qual customizou na icônica máscara de Myers - por $ 1.98 (Nota 4: o diretor de Halloween-2018, David G. Green, revelou seu desejo de trazer o ator William Shatner para uma "ponta" no filme. Shatner declinou em função de outros compromissos). O fabricante da máscara, a Don Post Masks, forneceu a máscara do Cap. Kirk ao longo de "gerações" do filme da franquia. A fábrica de máscaras Silver Shamrock, palco da trama de "Halloween III: A Noite das Bruxas" (Halloween III: Season of the Witch, 1982)...
*Halloween III: Season of the Witch ("Halloween III: A Noite das Bruxas" em português) - 1982; Universal Pictures.*
... é, de fato, uma das unidades produtivas da Don Post. Saiba-se que Halloween III é o único filme da franquia não protagonizado por Michael Myers. Ainda assim, o vilão faz uma "ponta" no filme: em certa altura, o Dr. Daniel Challis (papel de Tom Atkins) assiste a televisão e uma chamada para o filme Halloween - com Michael descendo as escadas - é exibida:
*Michael Myers only appearence ("Aparição única de Michael Myers" em português) - Halloween III: Season of the Witch, 1982; Universal Pictures.*
Castle foi muito pouco "dirigido" efetivamente, por Carpenter: em certa ocasião ele perguntou a Carpenter qual seria a "motivação" de Myers para a cena, ao que o diretor lhe disse que era "ir de um Set para outro." Carpenter instruía Castle a mover a cabeça de um lado para o outro - como que observando seus assassínios. Um ponto em que essa instrução fica muito clara é o momento em que Myers "empala" uma de suas vítimas na parede:
Saiba-se que, desde o original até os dias de hoje, seis atores já vestiram a máscara de Michael Myers no cinema. Entretanto, só duas pessoas o fizeram mais de uma vez: além de Castle (1978 e 2018), o ator e lutador de wrestling canadense Tyler Mane...
... que também interpretou o vilão "Dentes de Sabre" em X-Men (2000), vestiu a máscara de Myers em "Halloween - O Início" (2007) e Halloween II (2009).
M I C H A E L M Y E R' S
(1978-2018)
R E C E P Ç Ã O & L E G A D O
*Halloween (idem) 1978 - Universal Pictures.*
"É fácil criar violência na tela, mais é difícil fazê-lo bem. O Carpenter é incomum, por exemplo, no uso do primeiro plano em suas composições, e todos os que gostam de suspense sabem que os primeiros planos são cruciais..."
do crítico de cinema e roteirista Roger Ebert (1942-2013).
Halloween estreou em 25 de outubro de 1978 em Kansas City (Missouri)...
O filme arrecadou $ 47.000.000 de dólares nos EUA e $ 23.000.000 de dólares internacionalmente, em um total de $ 70.000.000 de dólares! Halloween figura na lista dos "13 Filmes de Baixo Orçamento que Renderam Milhões de Dólares" do site Megacurioso. Na época de seu lançamento, Halloween foi considerado "A Maior Bilheteria de Todos os Tempos" em relação à sua receita inicial!! Atualmente, o site Box Office Mojo elenca Halloween dentre "As 100 Maiores Bilheterias dos EUA de Todos os Tempos"!
Em revisão, o site agregador Rotten Tomatoes registra uma aprovação de "93% Certified Fresh" (com base em 55 críticas) para o filme, com uma pontuação média de 8.5/10. O consenso o chama de "padrão para os filmes de terror modernos."
O crítico de cinema e roteirista Roger Ebert elogiou Halloween em sua crítica no Chicago Sun Times (em 1979) elencando-o como um do "10 Melhores Filmes de 1978." Alguns críticos compararam o trabalho de Carpenter em Halloween com o trabalho do "Mestre do Suspense" Alfred Hitchcock (1899-1980) - em particular na sequência em 1ª pessoa, na qual o jovem Michael Myers, vestido como palhaço e com uma máscara, esfaqueia sua irmã:
O filme arrecadou $ 47.000.000 de dólares nos EUA e $ 23.000.000 de dólares internacionalmente, em um total de $ 70.000.000 de dólares! Halloween figura na lista dos "13 Filmes de Baixo Orçamento que Renderam Milhões de Dólares" do site Megacurioso. Na época de seu lançamento, Halloween foi considerado "A Maior Bilheteria de Todos os Tempos" em relação à sua receita inicial!! Atualmente, o site Box Office Mojo elenca Halloween dentre "As 100 Maiores Bilheterias dos EUA de Todos os Tempos"!
Em revisão, o site agregador Rotten Tomatoes registra uma aprovação de "93% Certified Fresh" (com base em 55 críticas) para o filme, com uma pontuação média de 8.5/10. O consenso o chama de "padrão para os filmes de terror modernos."
O crítico de cinema e roteirista Roger Ebert elogiou Halloween em sua crítica no Chicago Sun Times (em 1979) elencando-o como um do "10 Melhores Filmes de 1978." Alguns críticos compararam o trabalho de Carpenter em Halloween com o trabalho do "Mestre do Suspense" Alfred Hitchcock (1899-1980) - em particular na sequência em 1ª pessoa, na qual o jovem Michael Myers, vestido como palhaço e com uma máscara, esfaqueia sua irmã:
Halloween foi o maior responsável pelo sub-gênero "Slasher-Movie" no cinema, e um modelo a ser seguido por cinesséries como "Sexta-Feira 13" (1980-2009) e "A Hora do Pesadelo" (1984-2010), além de filmes-solo como "Dia dos Namorados Macabro" (1981) e "Dia do Terror" (2001) entre outros. Halloween também consolidou o conceito de uma "música-tema" ser identificada com um assassino.
Paralelamente, Michael Myers fez sua estreia literária em outubro de 1979, sob o argumento do roteirista Curtis Richards:
Muito embora siga, essencialmente, o curso de eventos do filme, o romance inova ao trazer para a história um pouco da mitologia do "Samhain" (algo, em parte, incorporado à trama de Halloween II) na figura do Mito de Enda (Nota 5: "Enda" era uma jovem desfigurada que assassinara a princesa druida "Deirdre" e seu amante em represália por ter sido por ele rejeitada. Ela teria então sido amaldiçoada e condenada a vagar pela terra repetindo seu crime eternamente). De fato, esse mito teria enlouquecido o bisavô de Michael que, durante o baile de halloween de 1890 atirara e matara duas pessoas. Essa mesma "loucura" teria chego ao próprio Michael gerações depois, sendo o combustível para seu impulso assassino.
Michael Myers tornou-se u ícone da cultura contemporânea de tal vulto, que levou vários intelectuais de várias áreas a conjecturarem sobre ele: o Prof. Nicholas Rogers descreveu Myers como "um homem mítico - um bicho-papão esquivo - que tem uma força sobre-humana" e que "não pode ser morto com tiros, facadas ou fogo." Já o crítico de cinema da revista Time, Richard Schickel, define-o como "menos que humano" e dotado de "um tipo de inteligência primitiva e obcecada", mas com inteligência suficiente "para ser perigoso".
Já o diretor de cinema e televisão Steve Miner descreveu-o como sendo "imortal, porquê ele é o Mal puro." O produtor cinematográfico e roteirista de "Halloween 6: A Vingança de Michael Myers" (1995) descreveu-o como "um depravado sexual". Segundo ele, a maneira como Michael tocaia e observa as mulheres contêm um contexto de sexualidade reprimida. Farrands teorizou que, quando criança, Michael tornou-se obcecado por matar sua irmã, Judith, devido a razões distorcidas. Depois de matá-la, sentiu desejo de repetir o fato - de novo e de novo. Quando conheceu Laurie - que lembra sua irmã e também o excita (literalmente: sua irmã e de Judith) desejou também matá-la. Enquanto escrevia The Curse, Farrands criou uma explicação para a imortalidade de Michael: "Ele nunca mais poderia ser um homem, pois já fôra para muito além disso. Ele é mítico. Ele é sobrenatural. Assim, eu parti desse ponto de vista, que existiria alguma coisa mais que o conduziria. Uma força além dos cinco sentidos, que infectou sua alma quando criança e que agora o guia."
Não obstante, o escritor Stefan Hutchinson - argumentista da HQ "Halloween: NightDance" (de 2008)...
Não obstante, o escritor Stefan Hutchinson - argumentista da HQ "Halloween: NightDance" (de 2008)...
... pontua o bizarro senso de humor de Michael, quando veste-se com um lençol afim de confundir uma de suas vítimas com o namorado dela:
Hutchinson ressalta também a influência da cidade-natal de Michael, Haddonfield, em sua sanha assassina: comparando-o a "Jack, o estripador", ele descreve Michael como "um produto dos subúrbios" e de "toda falsa emoção suprimida nos sorrisos de Norman Rockwell."
Ademais, Hutchinson explorou a "natureza demoníaca" de Michael no conto "Charlie" (incluso no paperback de Halloween: NightDance) argumentando que Michael esteve "sintonizando-se com essa força (o Mal) até alcançar o ponto ao qual chegou" (parafraseando o Dr. Loomis) de "o Mal".
Halloween gerou 7 sequências, um remake (de 2007) e uma sequência a este (de 2009), ambos dirigidos pelo produtor, diretor, roteirista e músico Rob Zombie (de "Rejeitados pelo Diabo", de 2005, e "A Casa dos 1000 Corpos", de 2003). De todos os filmes, somente a primeira sequência ao original, Halloween II (1981)...
Halloween gerou 7 sequências, um remake (de 2007) e uma sequência a este (de 2009), ambos dirigidos pelo produtor, diretor, roteirista e músico Rob Zombie (de "Rejeitados pelo Diabo", de 2005, e "A Casa dos 1000 Corpos", de 2003). De todos os filmes, somente a primeira sequência ao original, Halloween II (1981)...
... foi escrita por John Carpenter e Debra Hill. Halloween II começa exatamente no ponto nonde o original termina e foi concebido para dar fechamento à história de Myers e Laurie, além de "canonizar" a relação familiar entre eles. O filme teve uma receita de $ 2.5 milhões de dólares, em contraste com o modesto orçamento de seu predecessor. Halloween II foi a segunda maior bilheteria de um filme de terror para o ano, atrás de "Um Lobisomem Americano em Londres".
Além de Halloween II - e do já anteriormente citado Halloween III - merecem menção "Halloween H-20: 20 Anos depois" (1998)...
Além de Halloween II - e do já anteriormente citado Halloween III - merecem menção "Halloween H-20: 20 Anos depois" (1998)...
... que recebeu as melhores críticas da franquia, além dos dois filmes de Zombie, que tentaram infringir um aspecto psicológico a Myers e sua família (Nota 6: Hutchinson criticou os dois filmes de Zombie por isso, defendendo que, ao tentar explicar as razões de Michael, o argumento "diminuíra-o").
Em 9 de fevereiro de 2017, John Carpenter anunciou que um novo filme Halloween seria lançado em 19 de outubro de 2018; tendo sido escrito pelo produtor, roteirista e ator Danny McBride (de Alien: Covenant, 2017) e escrito e dirigido por David Gordon Green ("Profissionais da Crise", de 2016), sendo uma sequência direta ao clássico e trazendo Jamie Lee Curtis de volta ao papel que a imortalizou.
Quando pensávamos que a contagem de corpos parara...
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