15º Ato ( Post ) KING KONG, Pág. IV                                                                                                                           
T h e
" T   O   H   O    K   O   N   G "
( King Kong vs. Godzilla, 1962 e King Kong Escapes, 1967 )




 Quando a Toho Co. obteve a licença de Kong, no início dos anos 60, para introduzi-lo no crossover Kaiju 'Kingukongu tai Gojira', a personagem já se encontrava sob disputa judicial...

 Teoricamente ( teoricamente ), Cooper só cedera direitos sobre sua criação, para o uso da RKO e associados, exclusivamente para o filme de 1933. Contudo, Cooper descobriu que a RKO e companhia vinham faturando com sua personagem desde sua criação ( em licenças, merchandising, brinquedos e etc ) sendo que ele próprio - como criador - não recebera nem sequer um níquel até ali!
 Quando Cooper descobriu sobre o licenciamento em favor da Toho para o projeto 'King Kong vs. Godzilla' ( saiba-se: ao qual opôs-se veementemente ) ele processou o produtor John Beck ( que produziu a 'versão ocidental' do filme ), a Toho, e a Universal ( que distribuira a mesma ); além de requerer a imediata suspensão do filme ( Nota 15: há uma célebre especulação, diga-se, que foi essa situação delicada que levou o diretor Ishiro Honda e a produção de 'King Kong vs. Godzilla' a decidir-se pela - improvável - vitória de Kong ao final da película de 1962. Sobre esse particular, há um mito - que circulou por décadas - que, no corte original, japonês, é Godzilla que sai vitorioso do combate titânico. De fato, esse mito originou-se em um artigo de um periódico da década de 60 chamado 'Spaceman', que 'viralizou-se'; tendo sido publicado, republicado e 'endossado' até mesmo por canais respeitáveis como o L.A. Times. Contudo, isso nunca ocorreu. Outro boato - bastante comum - é que teria sido rodada uma 'revanche' entre ambas as criaturas; o que também nunca ocorreu).
 Paralelamente, a equipe de criação da Toho tinha de torná-lo mais apto a um combate igualitário com Godzilla. Assim, valendo-se de certas 'licenças poéticas', Kong foi 'adaptado' para um combate mais equivalente com Goji - a começar por seu tamanho! Conforme mencionado anteriormente, ainda que levássemos em consideração as duas maiores alturas alcançadas por Kong, 18 e 24 metros, ante os 50 metros ( 164 pés ) de altura do Godzilla da época, o 'King Goji'...




 ... a pobre criatura não passaria de um mero 'mico'...!
 Assim, a altura de Kong foi elevada para 45 metros ( 147 pés ), quase o dobro do original americano:




 Além da altura, o 'Toho Kong' foi sobre-fortalecido, tornando-se mais forte, resistente e poderoso que o 'RKO Kong', ao ponto de rivalizar com o 'Rei dos Monstros'. O 'Toho Kong' tornou-se também capaz de absorver e canalizar energia elétrica como arma, podendo assim disparar descargas elétricas equivalentes ao 'atomic breath' ( 'hálito atômico', em português ) de Godzilla
 Contudo, a maior arma do 'Toho Kong' permaneceu inalterada: seu cérebro; sua capacidade de articular pensamentos, traçar estratégias e armar emboscadas. Essa capacidade - inerente aos primatas - concedeu-lhe a vantagem mais duradoura.
 O 'Toho Kong' foi interpretado pelo ator japonês Shoichi Hirose:




 Diferentemente do 'RKO Kong', cujo habitat natural era a ilha pré-histórica 'Skull', o lar do Toho Kong foi redesignado para ser uma ilha similar de nome 'Faro'.

 King Kong vs. Godzilla foi um enorme êxito comercial, angariando 350 milhões de Ienes no Japão e $ 1.250.000 dólares nos EUA; contra um orçamento de 5 milhões de Ienes no Japão e apenas $ 200.000 dólares nos EUA ( Nota 16: referente aos custos de filmagem e reedição do original ), tornando-se assim a maior bilheteria da cinessérie Godzilla até os dias de hoje!
 Isso - somado à licença da personagem ( ainda que temporária ) - levou a Toho a produzir King Kong Escapes ( de 1967 )...




 ... com Haruo Nakagima, tradicional intérprete de Godzilla ( inclusive no filme anterior )...




 ... como 'Toho Kong'.
 O filme trouxe novas mudanças na personagem, que foi ( novamente ) redimensionada a altura de 20 metros ( 60 pés ) - mais próxima do original americano - e 'realocada' em uma nova ilha, de nome 'Mondo'. O filme também introduziu a 'versão mecânica' de King Kong, o 'Mechani-Kong'...




 ... um recurso que acabou por tornar-se recorrente no universo expandido de Kong, especialmente nas animações.

 A disputa pelos direitos de King Kong persistiu pelas décadas que seguiram-se. Merian C. Cooper morreu em 21 de abril de 1973, ainda sem os direitos integrais de sua obra-prima. Dois anos após a morte de Cooper, o mega-produtor Dino De Laurentis obteve a concessão para um remake do clássico de 1933...

 Era a 'ressurreição' de King Kong - de volta ao lar e em uma de suas mais poderosas 'reencarnações'!!


Pág. IV

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